Não
irei dizer “ bom dia, boa tarde ou boa noite ”, me limitarei a dizer somente “
tristeza ”.
Nessa
hora toda brincadeira e gozação ficam de lado e aparece em cena a sofreguidão,
a tristeza, o lamento.
Também
não irei ficar me lamentando por causa do incidente havido com os “garotos” do
Flamengo.
Vou
me reportar à nossa ignorância, à nossa persistência, à nossa vontade de querer
tudo a toda hora e no tempo que determinamos.
Procurar
culpa no acontecido não precisa, porque ela já se estampou em tudo o que citei
acima.
Todos
nós flamenguistas, tricolores, vascaínos, botafoguenses ou qualquer outro
torcedor de algum time, somos os verdadeiros culpados por não observarmos o que
nos acontece do lado todos os dias.
Somos
culpados sim !
Somos
culpados por não sabermos esperar e cobrar tudo para ontem. Nunca dá para
esperar !
Somos
culpados pela ganância de querer ganhar dinheiro ou posição num campeonato.
Somos
culpados por não cobrarmos com a mesma cobrança aos nossos times, sobre outras
coisas.
Por
sua vez o Clube de Regatas Flamengo, também é culpado por essa tristeza mútua causada,
à familiares, a vizinhos e ao próprio clube.
São
culpados por exigirem rapidez nas conclusões dos serviços prestados ou nos
pedidos aos Governos, quer estadual ou municipal.
Por
outro lado também tem a culpa das autoridades ou dos setores governamentais, os
quais não dão em tempo hábil a verdadeira situação para os pedidos feitos, bem
como para a liberação desses pedidos. Refiro-me aos setores envolvidos em
construções.
Quando
envolve segurança todos tem que ter em mente o seguinte: “ a segurança de todos
em primeiro lugar ”, mas no Brasil a questão segurança ou vem em último lugar,
ou depois de acontecer uma tragédia ou então por questão de corrupção, tendo
dinheiro envolvido.
O
ser humano fica sendo o último a contar. Ele acaba por ser como uma moeda de
troca, ou um simples número na escala de valores financeiro da empresa.
Discutir
hoje o que se deve fazer é chover no molhado ou enxugar gelo, pois amanhã a
mesma pressa de ontem tornará a existir.
Lembrar
de catástrofes é o que nos resta e é o que todos gostam, pois sempre temos
conversa para quando não existir, pois vem longo a lembrança aquele acidente
acontecido.
Podemos
dar exemplos como o da barragem de Mariana, mas por não fazerem nada ou darem
ouvidos a quem deveriam, acabou por acontecer de novo. Poderá acontecer
novamente e com todas as supostas cautelas tomadas.
No
caso do Flamengo uma das partes graves para o acontecido pode-se atribuir a
própria empresa prestadora de serviços de eletricidade, a qual todos sabem qual
é sem precisar citar nome, que deixa a desejar principalmente na nossa região e
mais especificamente no barril de pólvora chamado “Vargem Grande”.
Pedidos
já foram feitos inúmeras vezes, reclamações à própria empresa idem e aos órgãos
de fiscalização também.
Quem
regula os procedimentos gerais dessa empresa não cobra eficazmente sobre os
serviços de manutenção que pedimos e nem fiscaliza efetivamente o que informam
ter sido feito.
O
problema é sério nessa região, devido ao grande número de árvores, mas o poder
público, um aliado forte da empresa de energia, não deixa ou não obriga que
façam as podas corretamente nas árvores e a empresa de energia por outro lado
faz somente a poda dessas árvores somente nos galhos que interferem na sua
rede, a de baixa tensão.
Quando
temos a interferência de ventos a coisa piora e quando vem aliada a chuvas, o
risco torna-se mil vezes maior e com mais frequência a falta de energia.
Juntando
todos esses problemas e a hipocrisia de muitos residentes nessa área, no final
o acontecido é isso.
Tristeza,
mas não só no Flamengo, mas em toda a comunidade, a qual sofre por causa da
efetiva falta do poder público em nossa região e sempre a balela continua e a
coisa em vez de melhorar, só piora.
É
um desabafo geral, não só uma reclamação com a parte de energia. Tudo é um
acúmulo de coisas e quem sempre levam à destruição. Que todas as famílias sejam
confortadas aqui e que as outras famílias pensem em ajudar, não só aqui mas em
outros locais, quando envolver a estadia de seus filhos ou parentes no lugar
aonde for. Cobrem tudo o que puderem cobrar e se não tiverem retorno façam os
sonhadores desistirem dos seus sonhos em prol de uma coisa muito melhor do que
sonhos.
A
vida.