sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

FLAMENGO. UMA TRISTEZA


Não irei dizer “ bom dia, boa tarde ou boa noite ”, me limitarei a dizer somente “ tristeza ”.
Nessa hora toda brincadeira e gozação ficam de lado e aparece em cena a sofreguidão, a tristeza, o lamento.
Também não irei ficar me lamentando por causa do incidente havido com os “garotos” do Flamengo.
Vou me reportar à nossa ignorância, à nossa persistência, à nossa vontade de querer tudo a toda hora e no tempo que determinamos.
Procurar culpa no acontecido não precisa, porque ela já se estampou em tudo o que citei acima.
Todos nós flamenguistas, tricolores, vascaínos, botafoguenses ou qualquer outro torcedor de algum time, somos os verdadeiros culpados por não observarmos o que nos acontece do lado todos os dias.
Somos culpados sim !
Somos culpados por não sabermos esperar e cobrar tudo para ontem. Nunca dá para esperar !
Somos culpados pela ganância de querer ganhar dinheiro ou posição num campeonato.
Somos culpados por não cobrarmos com a mesma cobrança aos nossos times, sobre outras coisas.
Por sua vez o Clube de Regatas Flamengo, também é culpado por essa tristeza mútua causada, à familiares, a vizinhos e ao próprio clube.
São culpados por exigirem rapidez nas conclusões dos serviços prestados ou nos pedidos aos Governos, quer estadual ou municipal.
Por outro lado também tem a culpa das autoridades ou dos setores governamentais, os quais não dão em tempo hábil a verdadeira situação para os pedidos feitos, bem como para a liberação desses pedidos. Refiro-me aos setores envolvidos em construções.
Quando envolve segurança todos tem que ter em mente o seguinte: “ a segurança de todos em primeiro lugar ”, mas no Brasil a questão segurança ou vem em último lugar, ou depois de acontecer uma tragédia ou então por questão de corrupção, tendo dinheiro envolvido.
O ser humano fica sendo o último a contar. Ele acaba por ser como uma moeda de troca, ou um simples número na escala de valores financeiro da empresa.
Discutir hoje o que se deve fazer é chover no molhado ou enxugar gelo, pois amanhã a mesma pressa de ontem tornará a existir.
Lembrar de catástrofes é o que nos resta e é o que todos gostam, pois sempre temos conversa para quando não existir, pois vem longo a lembrança aquele acidente acontecido.
Podemos dar exemplos como o da barragem de Mariana, mas por não fazerem nada ou darem ouvidos a quem deveriam, acabou por acontecer de novo. Poderá acontecer novamente e com todas as supostas cautelas tomadas.
No caso do Flamengo uma das partes graves para o acontecido pode-se atribuir a própria empresa prestadora de serviços de eletricidade, a qual todos sabem qual é sem precisar citar nome, que deixa a desejar principalmente na nossa região e mais especificamente no barril de pólvora chamado “Vargem Grande”.
Pedidos já foram feitos inúmeras vezes, reclamações à própria empresa idem e aos órgãos de fiscalização também.
Quem regula os procedimentos gerais dessa empresa não cobra eficazmente sobre os serviços de manutenção que pedimos e nem fiscaliza efetivamente o que informam ter sido feito.
O problema é sério nessa região, devido ao grande número de árvores, mas o poder público, um aliado forte da empresa de energia, não deixa ou não obriga que façam as podas corretamente nas árvores e a empresa de energia por outro lado faz somente a poda dessas árvores somente nos galhos que interferem na sua rede, a de baixa tensão.
Quando temos a interferência de ventos a coisa piora e quando vem aliada a chuvas, o risco torna-se mil vezes maior e com mais frequência a falta de energia.
Juntando todos esses problemas e a hipocrisia de muitos residentes nessa área, no final o acontecido é isso.
Tristeza, mas não só no Flamengo, mas em toda a comunidade, a qual sofre por causa da efetiva falta do poder público em nossa região e sempre a balela continua e a coisa em vez de melhorar, só piora.
É um desabafo geral, não só uma reclamação com a parte de energia. Tudo é um acúmulo de coisas e quem sempre levam à destruição. Que todas as famílias sejam confortadas aqui e que as outras famílias pensem em ajudar, não só aqui mas em outros locais, quando envolver a estadia de seus filhos ou parentes no lugar aonde for. Cobrem tudo o que puderem cobrar e se não tiverem retorno façam os sonhadores desistirem dos seus sonhos em prol de uma coisa muito melhor do que sonhos.
A vida.