Dizem que é preciso passar o Brasil a limpo.
Concordo com essa afirmação, mas ela só é verdadeira se realmente for passado a limpo seriamente.
Para isso acontecer não pode ser só as investigações em evidência, as quais só tem cunho político.
Saber o que aconteceu com os desvios de dinheiro é uma coisa, mas cuidar dos políticos que estão em evidência e que foram ludibriados por companheiros seus, é outra coisa, mas de qualquer forma e por ambos os motivos tem-se que realmente chegar ao foco geral, que é o desvio do dinheiro público e o que advém dele, como improbidade administrativa, desvio de conduta, peculato e tudo mais.
É preciso fazer um conjunto de ações em todas as partes, para se passar o Brasil a limpo.
Não é só o que está em evidência.
Como exemplo, é preciso acabar com os redutores de velocidade ou quebra molas; Acabar com os pardais; Acabar com a cobrança de pedágios, pois isso tudo é tão somente um cofrinho oficial para driblar a opinião pública e aumentar o nervosismo de quem dirige.
Tem-se sim, que aplicar a lei quando acontece um acidente e dele surge uma morte, ou um amputamento de algum membro , ou uma paraplegia.
Isso sim é fazer a lei funcionar e dar segurança a quem tem de tê-la.
Punir o infrator desses tipos de acidente é que tem de ser apurado e severamente.
Se acontece do motorista estar alcoolizado não é só aplicar multa com valor alto, mas prender mediante o descrito pelo Código Penal e com mais rigor, levando em conta o crime praticado, via acidente de trânsito, ser considerado como doloso.
Se o código fala que doloso é quando o agente assume o risco pelo que cometeu e teve a intenção de fazê-lo, já está determinado isso quando ele bebe ou ingere algum psicotrópico, pois assume o risco e sendo assim ele provocou o acidente por que quis.
Outro ponto a ser passado a limpo é quanto às multas que não são entregues na residência do proprietário do automóvel no prazo estipulado de até 30 (trinta) dias, a qual pelo Código de Trânsito, tem que " ser anulada ", mas a Prefeitura, pelo menos a do Rio de Janeiro, não acata o que passa o código e dá atribuição da Internet como forma de comunicado ao infrator, mas diferentemente do que trata o CT.
Dou esses exemplos visto que são os considerados mais simples.
Há pouco citei sobre os redutores de velocidade. Esses são instalados em locais que foram observados inúmeros acidentes, mas têm de ser instalados conforme a Resolução 39 do CONTRAN e se formos ler o descrito lá, "nada é feito conforme tem de ser ". São instalados a bel prazer de quem solicita, ou por autoridades querendo fazer média ou a própria Prefeitura, que acha de instalar. Em todas essas hipóteses nada é feito conforme a Resolução manda.
Também é dito lá que não pode ser instalado aonde passam ônibus e também é dito que, quando instalados, deverão ficar o tempo suficiente para verificar que não é mais preciso a sua permanência. Sobre as medidas.....cá cá cá (isso são risos), nenhum deles, eu disse nenhum deles observam as medidas e formas estipuladas, bem como a forma de construção.
Mas não tem autoridade nenhuma que observa isso, nem o Ministério Público e muito menos o CONTRAN. E daí !!??
Outra coisa são colocações de placas em locais que não para tal.
Vivemos num País aonde a mão de direção é a direita da via, portanto todas as placas de sinalização, ou são no centro e no alto ou ao lado direito da via, mas existem locais em que as placas são colocadas ao lado esquerdo da via, na contramão de direção, obrigando o motorista a olhar para a esquerda, tirando sua atenção da direção de visão do local certo, o lado direito.
Vamos mudar de direção agora.
Você leitor, acha que o projeto das UPP são o que deveriam ser na essência ?
Você acha que elas foram criadas para pacificar e aproximar as comunidades com as pessoas do asfalto ?
Você acha que elas foram criadas para acabar com o tráfico ?
Se você disse sim para todas as perguntas, está redondamente enganado, pois na essência ou na teoria, realmente elas são válidas e merecíveis de aplausos, mas na prática elas foram criadas como uma forma de acordo entre o Governo do Estado e o tráfico. Quero dizer com isso que; Façam suas coisas na maciota que nós não perturbarmos vocês e vice versa.
Se elas tivessem verdadeira representatividade já teríamos acabado com, no mínimo, as armas nas favelas. O tráfico não acaba, pois ele não vem na sua maioria da favela e todos sabem disso muito bem.
Por outro lado, passar a limpo o Brasil tem que ter também a parte do povo, que gosta de fazer gato na eletricidade, na TV a cabo, nas falsificações de carteira de habilitação e enfim, dar cabo no " jeitinho brasileiro ".
Enquanto houver todos esses tipos de coisas, nunca conseguiremos passar o Brasil a limpo, ou o nosso jeitinho também não é uma forma de corrupção.
Todos somos corruptos enquanto fazemos também coisinhas erradas, mesmo que essas coisinhas pareçam ser ínfimas ou sem muito valor.
Até com Deus somos ladrões, pois não devolvemos a décima parte do que ganhamos por causa de sua benignidade e não estou falando isso como forma de religião, mas sim pelos preceitos que estão na Bíblia, que é a Palavra de Deus, e que todos se esquecem, mas gostam de encher a boca com um belo: " eu sou cristão !", mas na verdade são mentirosos pois não pagam o empréstimo que Ele fez por nós. Negam a Cristo quem se deu para nos livrar do pior.
Isso também é passar o Brasil a limpo.
Ou será que passar o Brasil a limpo é só dar força ao Juiz Sergio Moro, prender Lula, tirar a Dilma do poder e prender os corruptos ?
Estamos longe de cobrar coisa assim se não fazemos o mínimo da decência para tal.
Não se esqueçam que todo caminho, quer de ida ou de volta, sempre tem o sentido inverso. Na vida pessoal ou conjunta de todos, também é assim.
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