Nós temos que parar, respirar bem fundo e depois aceitar que estamos vivendo numa situação de completa desordem social, quer no nosso Rio de Janeiro quer no País como um todo, mas tudo isso é fácil de entender.
Hoje as coisas acontecem mais rápidas que a própria velocidade da luz e são tantas informações ao mesmo tempo que não sabemos por onde começar. Ao mesmo tempo que você vê no noticiário da TV sobre um assalto, vemos logo a seguir uma outra notícia sobre um outro assalto envolvendo um policial militar, quando de repente a notícia se acaba e entra logo uma outra falando, também, sobre um assalto e dessa vez com um militar do Exército e aí, nesse ponto é que venho a entrar numa discussão aparentemente infindável devido aos dois fatos serem da questão de segurança pública.
Nesse momento cabe uma reflexão sobre os dois casos específicos, mas em relação ao restante da população reprimida por causa desses assaltos constantes.
Durante muitos anos estamos observando a ineficácia e ineficiência da segurança pública no nosso estado, em específico, e mesmo com gritarias, discussões, solicitações, abaixo assinados e outros, não conseguimos fazer modificar um milímetro sequer da situação.
Mas podemos observar os contrastes entre esses dois últimos assaltos, como veremos a seguir.
No primeiro caso vimos um Sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro, que havia acabado de cumprir sua tarefa esgotante de serviço, ao quase chegar em casa foi assaltado por três meliantes, resistindo a esse assalto, primeiro por ter que proteger seu bem, moto, naquele momento como em segundo plano proteger, também, o seu bem maior; a sua vida, visto que sendo policial e se fosse descoberto fatal e certamente seria morto pelos bandidos que o assaltavam. Mais a frente darei a resposta melhor sobre isso, mas agora passarei ao outro assalto e que envolveu uma militar do Exército no local aonde não se imaginaria que pudesse acontecer; dentro da Vila Militar !
Nesse caso específico vemos a situação que o comando geral da Vila Militar adotou e que parece-nos uma situação de " apadrinhamento ", não se assustem mas essa é a palavra e situação mesmo.
Digo apadrinhamento porque é o que o povo vem pedindo há muito tempo e não está sendo atendida essas reivindicações.
O comandante da Vila Militar "ordenou que 5000 (cinco mil) militares, inclusive os de serviço, ficassem aquartelados na tentativa de descobrir ou pegar os assaltantes porque presumira estarem possivelmente escondidos na própria Vila Militar e ainda por cima julgou, também, que poderiam ser até militares envolvidos no assalto."
Cabe ressaltar que a Vila Militar tem saídas para diversos locais onde se encontra várias comunidades (favelas), como é o caso da Vila Vintém, um pouco mais afastada mas com ligação rápida. Os chamados "AP", que ficam localizados próximos também, mas do outro lado da via férrea que por ali passa, sendo localizado mais proximamente às margens da Avenida Brasil. Para o outro lado da Vila, sendido Deodoro, temos a proximidade da comunidade do Muquiço, situada após o viaduto de Deodoro e temos também outras comunidades situadas em Magalhães Bastos, localizada próxima às Estr. Marechal Mallet, João Brígido e João Silva. Todas muito próximas à Vila Militar também.
Sendo assim é falho em dizer que a Vila Militar não tem saídas. Podem não ser próximas, mas tem e para todos os lados, inclusive ao lado do próprio comando da 1º DE.
Mas o apadrinhamento que citava é justamente por isso, pois quando envolve militares tudo é feito para eles, o que acaba se tornando num corporativismo, enquanto que o cidadão comum, pagador de impostos que irão para seus soldos e gratificações, fica a mercê de bandidos, como o caso do Sargentoda PM na Vila da Penha.
Daí eu pergunto a quem lê: é ou não corporativismo; é ou não um apadrinhamento ?
Nós temos dois pesos e duas medidas na segurança pública e ainda por cima vem um general, desses nutelas ou até mesmo melâncias como são citados, com curso de Operações Especiais, falar que o " militar não sabe se comportar como agente de segurança pública porque não foi formado para isso. " Eles são treinados para a guerra, e sendo assim não teem censo de posição numa via pública, pois só veem os meliantes como alvos e são devidamente treinados para atirar em qualquer circunstância no meio, centro, dos seus alvos, pois terá a certeza de que acertou.
Ouvir isso de um general com esse curso, é provar e saber que estamos fadados ao esquecimento, na questão de segurança pública.
Acho que não preciso dar mais exemplos sobre tudo isso.
Só dizer ao general e ao comando da Vila Militar, que estamos em guerra, mas não aquela guerra a que eles todos se remetem, e sim uma guerrilha urbana, a qual também faz parte de uma guerra nos moldes do que pregam, pois que quando você entra, numa situação de combate, numa cidade ela se transforma numa guerrilha urbana, a não ser que eu esteja errado e uma cidade não seja urbana.